segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Não pude deixar de me manifestar. A crise que se estabeleceu nesses últimos dias aponta sim, para um completo descarrilamento da máquina da segurança pública desde o que deveria ser sua locomotiva, a Secretaria de Segurança, até seus vagões mais distantes. Se chegamos ao ponto de o Secretário ter que ouvir calado o que ouviu e com toda razão do argumento (tenho absoluta certeza que ele não gostou), é porque chegamos a um caminho perigoso e quase sem retorno. Tenho firme crença que as ameaças (porque foi exatamente isso o que ocorreu) proferidas pelo Sargento em vídeo veiculado na rede (ou fosse qualquer outro integrante da segurança pública, PM, CIVIL ou BM) indicam, afinal, a ausência total de autoridade e legitimidade políticas do governo e da própria secretaria, perante aqueles que dizem representar (e olhem que o governador vive dizendo que adora nossa PM). Quando chegamos a esse ponto, estamos diante de uma crise que pode resultar em qualquer coisa. E, alerto, não será mudando comandantes, chefes e secretários, nem tampouco será mais por via de “manu militari” que se conseguirá colocar um freio ou estabelecer algum controle sobre isso (é interessante notar nos argumentos de governo que, historicamente, quando lhes convém somos tratados como civis; quando mostramos nossas insatisfações, querem nos tratar como militares). Também não o será, como querem alguns espertos aqui e acolá, deitando-se sobre “gado morto” aproveitando-se da crise para se estabelecerem com plataformas eleitorais baseadas no mesmo tipo de retóricas vazias e promessas que não serão cumpridas como vimos até aqui e razão maior, acredito, para o acirramento da presente imbróglio. De tudo isso é interessante observar que o pivô da crise: “o silêncio do governador”, e sua recusa em estabelecer um diálogo decente, maduro e honesto com os insatisfeitos, nós (mas nem todos; os que estão se locupletando de algum modo nesse governo certamente estão felizes), só agregam mais acidez ao problema, criando todas as condições para que a crise se estabeleça em definitivo em um nível sem precedentes no Distrito Federal. O que será daí em diante ninguém sabe, só Deus. A mais legítima de todas as soluções, me parece, entretanto, não é se rebelar perdendo todo e qualquer apoio e legitimidade que se tem auferido junto à sociedade e às demais categorias até aqui. A resposta, acredito, deveria ser dada nas próximas eleições, a partir de uma reflexão crítica séria e organizada que nos levaria a escolher, com maturidade e consequência, aqueles em que depositaríamos nossa confiança, sem termos que nos trocar por “bolsas” ou favores de qualquer natureza. NELSON G. SOUZA. Professor Universitário e policial militar da RR.

Um comentário:

  1. Pauta da Reunião Geral 12.12 . 2013 - 09:00

    1. Cumprimento das 13 Promessas
    2. Apresentação e Envio da Reestruturação
    3. Auxílio Moradia
    4.Auxílio Transporte
    5. Auxílio Inatividade
    6. Proporções Independente de Vagas
    7. Equivalência de cursos, ( como no CBMDF )

    Sabemos que não dará tempo cumprir as 13 promessas, pois esse governo omisso nos ignorou por 3 anos, MAS DEVEMOS CONTINUAR COBRANDO :

    . Pois mostra pra todos que ele nos deve
    . Mostra pra todos que ele não tem palavra
    . Temos que pedir muito pra ver se ganha pelo menos a metade

    ELIOMAR RODRIGUES
    NMU
    cb 23 milhão

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